sábado, 18 de janeiro de 2014

A independência do primeiro aninho

A inspiração para o post de hoje veio agora a tarde, ao ver minha pequena em seu tranquilinho cochilo vespertino. Ver a Lucy dormir é sempre uma terapia pra mim, posso passar um bom tempo fazendo isso sem me tocar da hora... Sei que todos vão concordar comigo, inclusive quem não é mãe ainda, que a paz de um bebê dormindo contagia qualquer ser humano mesmo sem querer, e por alguns momentos todas as nossas perturbações são esquecidas. Porém, hoje, fugindo um pouco da rotina, vigiar o soninho da minha bebê fez com que minha mente viajasse um pouco ao passado e ao futuro, e fiquei um pouco perturbada sim. Minha filosofada hoje não é sobre o sono dos bebês, mas antes de continuar, preciso que você visualize a tranqüilidade sobre a qual falei até agora.
Ver a Lucy assim, vulnerável em seu cochilo, me fez pensar em quanto tempo vai demorar até que ela comece a correr atrás de seus próprios feitos, com suas próprias opiniões e conceitos. E, de repente, me veio a dura realidade... Isso JÁ começou a acontecer. Lucy já começou a demonstrar sua personalidade forte, e já começou a querer andar com suas próprias pernas, e não falo isso apenas literalmente. 
Já tiveram a sensação esquisita de que um ano se passou, e as coisas que aconteceram durante esse 
ano parece que estão tãão distantes, e ao mesmo tempo parece que foram ontem? Pois é. Me peguei recordando as noites sem dormir por causa das cólicas constantes de Lucy nos primeiros meses, seu primeiro sorrisinho, sua boquinha escancarada adorando a primeira sopinha, sua felicidade e concentração ao conseguir se sentar sozinha, a empolgação e o medo dos primeiros passos... E por aí vai. Um ano com coisas novas quase todos os dias. E então, BUM, Lucy começa a expressar suas vontades, e requerê-las! Quem disse que bebê com menos de 1 ano não tem querer? Tinha que começar tão cedo?? Achei que só teria que lidar com isso na adolescência!!
Não sei quantas mamães já sentiram o mesmo que eu com relação aos seus nenens, mas desde muito cedo, digo com 3, 4 meses, achava que Lucy tinha uma maturidade e um olhar adulto, de saber das coisas, que não eram inerentes a um bebê. Me pegava várias vezes de surpresa com esse pensamento. Ela sempre pareceu entender muito bem o que estava rolando em volta dela. E foi acontecendo tudo muito rápido, ela nunca foi de balelas. Três meses e pouco, BUM, de bruço com cabecinha em pé, 4 meses, POUF, caindo do sofá rolando, 5 meses, TCHAM, sentadinha, 6 meses, POUF de novo, 
caindo do berço se segurando nas grades, 7 meses, IEI, engatinhando, 9 meses se equilibrando, dez meses correndo, e nesse meio tempo, caindo, caindo, caindo. Ela nunca teve medo de se arriscar, e isso me faz pensar se ela vai carregar essa característica pela vida toda, e se isso acontecer, meu Deus não sei o que vai ser do coração dessa pobre mãe aqui. 
Hoje, com 1 ano e 1 mês, ela já quer subir escadas sozinha, argumentar com a gente quando chamamos sua atenção (mesmo sem entender uma palavra do que ela diz), contar casos com uso de eloqüentes dededes, popopos e cacacás, gesticulando vejam só, tomar banho de ducha, banheira só na casa da vovó, usar ela mesma a colher pra comer, embora que, de dez colheradas, meia vá parar realmente DENTRO da boca dela, enfim, quer ter vida própria. 
Daí, no meio desse turbilhão na minha cabeça, Lucy acorda. Acontece que hoje, tínhamos visita em casa, e Lucy é extremamente tímida. Sendo assim, ela subiu no meu colo sem querer dar trela pra ninguém, e meu mundinho se fechou ali com o dela:

                                     

Isso me fez pensar que, não importa quão longe ela vá, ela sempre vai ter um colo pra quando precisar de conforto. Aliás, um colo quentinho é uma das muitas aptidões obrigatórias para uma mãe né? Assim sendo, espero que em suas brigas com coleguinhas, decepções amorosas, vestibulares não passados, e em tantos outros perrengues, ela saiba que tem uma saia pra correr pra baixo.
Logo depois dessa cena fofa, lá estava ela desbravando mais horizontes:

Moral da história: não tenhamos pressa de ver nossos pequenos crescerem. Temos mania de competição, olha, meu bebê já corre pra todo lado, olha, meu filho com 8 meses já tem 10 dentes, olha como meu bebê é avançado, com um ano ele fala dois idiomas, faz ballet e toca trompete!
Caalma gente, com certeza nossos filhotes vão andar o resto da vida e ter todos os dentes na boca. Pra que perder momentos que nunca vão voltar, querendo apressar nossa dor de cabeça? O certo é a gente se jogar na grama com eles e passar a fazer parte da independência deles, mesmo que seja uma parte bem pequenininha! Ufa! Fácil é falar, duro é tomar consciência disso!
Até a próxima!

Michelle Vargas 



2 comentários:

  1. Mi, a Lucy tá linda demais! Deus abençoe sua família e continue escrevendo! Adoro ler aqui as historinhas e cada sensação q vc sente vendo esse seu pinguinho de gente trazido por Deus desabrochar a cada dia! Amo mto vc! um bju

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  2. Oie Thaís!! Muito, muito obrigadinha pelo seu carinho sempre! Vc sabe o quanto eu te amo tb amiga! Bjoss ;D

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